Não é Preciso
- Mateus Reggiani
- 24 de mai. de 2019
- 1 min de leitura
Não preciso do ópio para me drogar
Nem de sangue para sobreviver.
Não preciso da verdade para me enganar
Nem mentiras para me surpreender.
Não preciso de vitórias para vencer
Nem tristeza para me alegrar.
Não preciso de razão para enlouquecer
Nem solidão para me acompanhar.
Não preciso, como Pessoa, navios para navegar
Nem de estrelas, como Herbert, para me guiar.
Não preciso de avisos para seguir
Nem motivos para sorrir.
O que preciso é do infinito
Da queda livre
A esmo
Da íris
De dentro
Do conforto
Do teu olhar.
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