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Vagalumes

  • Foto do escritor: Mateus Reggiani
    Mateus Reggiani
  • 30 de mai. de 2019
  • 1 min de leitura

As lamparinas jaziam alto, como vagalumes em noite de verão.

A temperatura era um agradável, misto de conforto e companhia.

Ela tocava os longos cabelos. Uma técnica perfeita.

Movendo-os graciosamente por entre os dedos, um movimento quase automático.

O chegar da noite anunciava os pensamentos mais distantes. Passava até sonhar com os olhos fixos ao nada.

Como alguém nesse mundo gigante a encontraria?

Seria tão difícil quanto lamparinas transformarem-se em vagalumes?

Nos emaranhados de seus cabelos agora surgiam pigmentos de cor. Como se na fúria de mares nunca dante navegados atravessasse uma simples canoa, seus pensamentos boiavam em sentimentos confuso-furiosos.

As lamparinas viraram luminárias.

A temperatura controlada por ar-condicionado.

Os cabelos presos ao preparar café.

O tempo chama.

Não há tempo de sonhar.

Hora de trabalhar.

 
 
 

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